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http://repositorio.lnec.pt:8080/jspui/handle/123456789/1001309
Title: | Estudo da camada pictórica na azulejaria portuguesa do século XVII |
Authors: | Coentro, S. |
Keywords: | Azulejos históricos;Pigmentos;Azul de cobalto;Análise química;Composição e morfologia da cor;Cerâmica vidrada;Glazed ceramics;Heritage tiles |
Issue Date: | 2010 |
Abstract: | Estudou-se um conjunto de fragmentos de azulejos datados do século XVII, de produção portuguesa, cedido pelo Museu Nacional do Azulejo. O objectivo foi caracterizar morfológica e quimicamente a camada pictórica da azulejaria portuguesa do século XVII. O estudo utilizou uma abordagem multi-analítica, incluindo a espectrometria de fluorescência de raios X dispersiva de energias (µ-EDXRF), espectroscopia de Raman, o microscópio electrónico de varrimento com microanálise de raios X (SEM-EDS), e técnicas de observação incluindo o SEM e microscopia óptica. A azulejaria portuguesa do século XVII caracteriza-se por uma paleta cromática relativamente rica, que engloba o azul, amarelo, laranja, verde, púrpura, um tom púrpura acastanhado e ainda outro castanho muito escuro utilizado em contornos. As cores integram um fundo branco – o vidrado estanífero característico da majólica. Confirmou-se que o azul se deve ao óxido de cobalto, o púrpura ao óxido de manganês e um dos verdes, de aparência transparente, ao óxido de cobre. Os resultados indicam que o amarelo será uma variante do pigmento amarelo de Nápoles (antimoniato de chumbo), constituído por um óxido triplo de Pb-Sb-Zn. As outras cores são obtidas através de misturas: o laranja resulta da adição de hematite ao pigmento amarelo, o verde-seco resulta da adição de óxido de cobalto também ao pigmento amarelo, e os vários tons entre púrpura e castanho resultam da mistura de hematite com óxido de manganês em teores variáveis. Observaram-se morfologias distintas das cores: o amarelo, laranja e castanho-escuro permanecem à superfície do vidrado e conferem-lhe cores opacas. O azul, o verde-cobre e o púrpura difundem no vidrado em profundidade e, por vezes, horizontalmente. Os seus óxidos dissolvem-se na matriz vítrea, obtendo-se uma cor transparente. Com o verde-seco ocorre uma separação dos componentes da cor, na medida em que as partículas de pigmento amarelo permanecem à superfície, enquanto o azul difunde no vidrado. |
URI: | https://repositorio.lnec.pt/jspui/handle/123456789/1001309 |
Appears in Collections: | DM/NMC - Comunicações a congressos e artigos de revista |
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