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dc.contributor.authorCravo, A.pt_BR
dc.contributor.authorMenaia, J.pt_BR
dc.contributor.authorNapier, V.pt_BR
dc.date.accessioned2010-11-04T15:22:42Zpt_BR
dc.date.accessioned2014-10-20T12:57:20Zpt_BR
dc.date.accessioned2017-04-13T08:47:02Z-
dc.date.available2010-11-04T15:22:42Zpt_BR
dc.date.available2014-10-20T12:57:20Zpt_BR
dc.date.available2017-04-13T08:47:02Z-
dc.date.issued2010-10pt_BR
dc.identifier.urihttps://repositorio.lnec.pt/jspui/handle/123456789/1001081-
dc.description.abstractAs zonas terminais das ribeiras costeiras, como a Ribeira de Aljezur, constituem sistemas estuarinos e lagunares de elevada complexidade, por estarem sujeitos a rápidas alterações morfológicas das suas embocaduras. A Ribeira de Aljezur insere-se no litoral do Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina de Portugal e desagua na Praia da Amoreira. A qualidade da água desta ribeira, no seu percurso até à foz, sofre a influência de várias fontes, principalmente: i) da ETAR (a ~8 km da foz), que serve uma população de ~2700 habitantes, com tratamento terciário com desinfecção por lâmpadas UV; ii) do efluente de uma piscicultura iii) e de uma extensa área de sapal. Estas fontes podem causar contaminação microbiana e eutrofização das águas, que em última instância podem também conduzir à florescência de microalgas potencialmente tóxicas. Este facto pode representar um risco ambiental e de saúde pública devido à utilização destas águas, quer para contacto directo quer indirecto. Neste trabalho estudou-se a influência da descarga da ETAR. Para tal foram analisadas amostras de água colhidas em quatro campanhas de amostragens em épocas do ano contrastantes: época baixa (Maio de 2008 e Maio de 2009) e época alta (Setembro 2008 e Setembro 2009) e em diferentes condições de maré: Maré viva, Maré morta e Maré intermédia, para avaliar o efeito da influência da maré. As amostras de água foram recolhidas à superfície, ao longo do dia e ao longo da ribeira (10 estações), desde imediatamente a montante da ETAR até a sua foz na Praia da Amoreira. Os parâmetros analisados foram: temperatura, pH, condutividade/salinidade, oxigénio dissolvido, CBO5, 2 sólidos suspensos totais, coliformes fecais, enterococos fecais, amónia, nitratos e nitritos, fosfatos, silicatos, clorofila a e feopigmentos. O impacto da descarga da ETAR na Ribeira de Aljezur foi mais evidente em época alta, por aumento turístico nesta região (maior carga e caudal da ETAR), pelas diferenças de qualidade da água, a nível microbiológico e da concentração de nutrientes e de clorofila a, entre as estações a montante e imediatamente a jusante da ETAR. No entanto, na Praia da Amoreira, os parâmetros estudados estiveram em conformidade com a legislação, revelando-se de qualidade excelente, não apresentando riscos do ponto de vista microbiológico segundo a Directiva 2006/7/CE relativa à gestão da qualidade das águas balneares. Dos parâmetros analisados, o mais conservativo foi os silicatos, o que parece indiciar que o fitoplâncton na ribeira não será de origem siliciosa. Espacialmente, o impacto da descarga da ETAR fez sentir-se até à estação 5, a partir da qual, por forte diluição associado ao efeito de maré, diminuiu progressivamente até à foz. As estações 5 e 7, apesar de apresentaram valores baixos de CBO5 (< 10 mg/L O2), indicativo de que a quantidade de matéria orgânica em decomposição neste sistema é baixa, revelam outras fontes de contaminação, pois os valores de clorofila a foram, por vezes, bastante elevados (> 100 μg/L). Tal representa um potencial risco, pois o fitoplâncton não sendo silicioso pode libertar toxinas. A piscicultura, a montante da estação 8, apesar de localmente poder sofrer um aumento da carga microbiológica e de nutrientes lançada pelo efluente, também parece não influenciar de forma significativa a qualidade da água da ribeira nem a da Praia da Amoreira. Quanto à condição de maré, a mais crítica foi a maré morta, altura em que os valores de todos os parâmetros foram mais elevados, devido ao maior tempo de retenção na ribeira, o que pode aumentar os riscos a nível da qualidade da água em períodos em que esta condição de maré é dominante. Em relação à maré, como esperado, os máximos de concentração foram encontrados em Baixa Mar e Vazante e mínimos em Preia Mar, quando o efeito de diluição é máximo. Assim, de forma a avaliar a qualidade de água deste tipo de sistemas estuarinos, a situação mais desfavorável (ie. o período de vazante até Baixa-Mar) deve ser contemplada. Apesar de na zona balnear, não se ter verificado risco para a saúde pública, uma vez que os níveis de clorofila a, em alguns locais foi muito elevada e pode revelar sintomas de eutrofização, recomenda-se nestes pontos uma monitorização das condições e do risco de ocorrências de florescências, no período da Primavera e Verão, com identificação das espécies fitoplanctónicas, para analisar a potencial ocorrência de cianobactérias como recomendado pela Directiva 2006/7/CE relativa à gestão da qualidade das águas balneares. 3 Agradecimentos: Este trabalho foi financiado pela FCT (Fundação para a Ciência e Tecnologia), através do projecto PTDC/ECM/66484/2006: MADyCOS- Multidisciplinary integrated analysis of the sediment dynamics and fecal contamination in intermittent coastal systems.pt_BR
dc.language.isoporpt_BR
dc.publisherAPESBpt_BR
dc.rightsopenAccesspt_BR
dc.subjectContaminaçãopt_BR
dc.subjectEtarpt_BR
dc.subjectEutrofizaçãopt_BR
dc.subjectRibeira de aljezurpt_BR
dc.titleA qualidade da água da ribeira de Aljezur, SW Portugal: seus efeitos nas águas balnearespt_BR
dc.typeconferenceObjectpt_BR
dc.identifier.localedicaoLisboapt_BR
dc.description.figures10pt_BR
dc.description.tables2pt_BR
dc.description.pages11ppt_BR
dc.identifier.seminario14º ENaSB/SILUBESApt_BR
dc.identifier.localPortopt_BR
dc.description.sectorDHA/NESpt_BR
dc.description.year2010pt_BR
dc.description.data26 a 29 de Outubro de 2010pt_BR
Appears in Collections:DHA/NES - Comunicações a congressos e artigos de revista

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