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Title: Metodologias de Mitigação dos Impactos dos Fogos - Enquadramento e Estratégias de Acção
Authors: Novo, M. E.
Keywords: Fogos;Águas superficiais;Águas subterrâneas;Erosão hídrica;Mitigação;Monitorização
Issue Date: Mar-2010
Abstract: Este artigo resulta do estudo do Impacto dos Fogos sobre a quantidade e qualidade das águas superficiais e subterrâneas (Projecto POCI/AGR/59180/2004). Algumas das alterações mais comuns induzidas pelo fogo sobre o ciclo hidrológico, decorrem da menor capacidade de intercepção e evapotranspiração. Tal resulta da destruição do coberto vegetal e da alteração da capacidade de infiltração, devido à alteração das propriedades do solo e por vezes da formação de camadas hidrofóbicas. Estas modificações traduzem-se normalmente no incremento do escoamento superficial e aumento da magnitude do caudal de ponta, com uma consequente redução potencial da água disponível para a recarga. Em termos da qualidade das águas, a queima do coberto vegetal produz um conjunto de produtos poluentes que ficam disponíveis para entrarem no meio hídrico superficial e subterrâneo. Ao mesmo tempo a qualidade das águas superficiais é afectada pela erosão dos solos. A erosão dos solos afecta também as águas subterrâneas pois a redução da sua espessura tenderá a reduzir o seu efeito de barreira à propagação da poluição para as águas subterrâneas. Os fogos impactam assim o ciclo hidrológico de forma directa na qualidade e quantidade, e de forma indirecta através dos factores associados aos solos (aumento de erosão, redução da capacidade de depuração, incremento potencial da sua hidrofobia). Deste modo, as estratégias de mitigação devem dirigir-se sempre para dois alvos: (1) solos; (2) águas. Para minorar os impactos do fogo sobre o meio hídrico são necessárias acções de mitigação que, para serem eficientes na protecção destes recursos, têm de ser delineadas em função duma avaliação do potencial para o desastre após o fogo. Assim deve analisar-se antes da execução da acção de mitigação: (1) a intensidade e severidade do fogo, (2) a topografia onde ocorreu o fogo, (3) o tipo de floresta atingida, (4) o risco de erosão dos solos atingidos, (5) a rede hidrográfica afectada, (6) os aquíferos – especialmente zonas de recarga – afectados, (7) os sistemas de abastecimento de água que podem ser afectados (ETAs, condutas, pontos de captação, etc.). Neste artigo são analisadas várias técnicas de mitigação, em especial as direccionadas para a mitigação dos impactos dos fogos sobre os recursos hídricos subterrâneos, e de uma forma sumária indicados os seus potenciais e fragilidades. Apresentam-se também as condições (ex.: declive do terreno, condições climáticas, etc.) para as quais se admite que possam apresentar os melhores resultados. A análise desta eficácia deve ser encarada e usada apenas como linhaguia, dado que o sucesso destas técnicas está fortemente dependente das condições locais. De facto cada área ardida é um caso específico, a exigir uma abordagem individual e integrada dos diversos processos que podem originar o sucesso (ou a falha) das metodologias de mitigação.
URI: https://repositorio.lnec.pt/jspui/handle/123456789/17907
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